quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Terça Poética


Data da visita: 29 de novembro
Local: Palácio das Artes
Av. Afonso Pena, 1537- Centro, Belo Horizonte

O Projeto Terças Poéticas que é realizado nos jardins internos do Palácio das Artes consegue apresentar diversos poetas do Brasil e do exterior juntamente com um grande publico. Este projeto teve inicio em julho de 2005 e celebra seis anos de poesia na temporada de 2011 com a certeza que a poesia é a fantasia da vida.
       Desta vez, o Projeto trouxe no dia 29 de novembro, os poetas Álvaro Andrade Garcia e Luciana Tonelli, em homenagem a Lawrence Ferlinghetti. Este poeta era também editor e pintor da geração beat, é mais conhecido por suas obras poéticas. Seus poemas retratam a solidão humana e como tudo poderia ser melhor. Através de seu trabalho, a Geração Beat virou um dos maiores marcos da poesia do pós-guerra, ampliando o caminho para contra cultura.
          Os poemas de Ferlinghetti são em inglês, portanto traduzidos por outros poetas. Segue abaixo uma de suas obras seguido de sua tradução, feita por Ana Caetano & Sofia Caetano Avritzer: 


“Americus Book 1”
I.
To summarize the past by theft and allusion
With a parasong a palimpsest
A manuscreed writ over
A graph of consciousness at best
A consciousness of felt life
A rushing together
Of the raisins of wrath
Of living and dying
The laughter and forgetting
The maze and amaze of life

                Lawrence Ferlinghetti (fragmento)
“Livro Americano 1”
I.
Para resumir o passado por roubo e alusão
Com uma paráfrase um palimpsesto
Um manuscrito escrito sobre
Um mapa da consciência vivida
Da união esbaforida
Das passas da ira
Do viver e do morrer
O riso e o esquecimento
As dobras e o deslumbramento da vida.


                Tradução: Ana Caetano & Sofia Caetano Avritzer

Comentário
 Ouvir um recital de poesias em plena  terça-feira é um oásis em meio a correia do dia-a-dia. A voz limpa e suave de Álvaro Andrade e Luciana Tonelli acalamam o público e os levam para viagem das palavras. Por nunca termos ido em um recital o grupo ficou apreensivo no começo , por ser uma novidades essa visita, mas no final  ficamos muito satisfeitos.






Roma: A vida e os imperadores


Data da visita : 22 de novembro
Local: Casa Fiat de Cultura 
Rua Jornalista Djalma Andrade , 1250- Belvedere- Belo Horizonte 

    A casa Fiat de cultura inaugurada em 2006 é mantida pela Fiat Automóveis, é destacada por receber  grandes mostras internacionais .
    Desde o dia 21 de setembro de 2011 recebe a exposição “Roma- A vida e os imperadores” de terça a sexta das 10 ás 21 horas, sábados domingos e feriados de 14 ás 21 horas.
     O transporte, que sai da porta da antiga secretária de educação na praça da liberdade em horários definidos para a exposição é gratuito bem como a entrada no local.
     Estão expostas cerca de 370 peças originais com mais de dois mil anos, vindas da Itália. Entre elas esculturas, moedas, jóias, instrumento utilizados na época.


       A exposição está dividida em quatro partes: “Entre César e Augusto: o nascimento do Império”, “Nero”, “O apogeu do Império”, e “Um Império multicultural”.
     O foco da mostra é o detalhamento da história do Grande Império Romano . Que apesar de bem diferente foi fonte de inspiração para o governo atual. É como uma retrospectiva no tempo, seja ela no campo politico, econômico, e social.
     A exposição mostra objetos que eram usados na época, além das estatuas dos deuses que eram uma forma de homenageá-los. Outra informação adquirida importante é a língua romana - o latim- que deu origem ao português e ao espanhol.
    De modo geral a arte é utilizada para promover e transpassar conhecimento, cultura, experiências, admiração ao longo dos anos.


Comentário
    O acervo é muito grande e conta a história de uma civilização que literalmente criou história. Até hoje percebemos traços da civilização romana na civilização atual como a preocupação com a beleza, a questão do status social etc. Mas a diferença que talvez seja primordial é o culto a vários deuses, o que hoje é específico somente a algumas religiões. Esta exposição é uma oportunidade de conhecermos "na prática" um pouco do passado que querendo ou não, faz parte do presente.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Quarta cultural- Duo na Corda



Data da visita: 19 de outubro
Local: Conservatório UFMG-
Av. Afonso Pena nº:1534- Centro- Belo Horizonte

 Um duo de cordas simples, um violão e um violino, tocados por Daniel Cristófaro e Guilherme Pimenta foram à atração dessa quarta musical. Os músicos trouxeram um repertório mais popular com composições de grandes nomes da bossa nova como Tom Jobim e Chico Buarque. Mas em meio a tais canções já conhecidas, eles também tocaram Piazzolla que é um grande compositor erudito e que sempre é lembrado na maioria  dos eventos de musica visitados.

Comentário
            A simples junção de violão e violino é muito versátil e harmoniosa. Não deixando passar a técnica dos músicos Daniel Cristófaro (violão) e Guilherme Pimenta (violino) que foram os responsáveis por essa união. Para se ouvir boa música não é necessário sempre ir a uma apresentação de orquestra, ou eventos grandiosos, é o que se pensa quando temos oportunidade de presenciar algo assim: modesto e ao mesmo tempo sofisticado.



Repertório
1- Lamento no Morro (Tom Jobim)                                                                                                
2- Chega de saudade (Tom Jobim)
3- Sensível (Pixinguinha)
4- 3 apitos (Noel Rosa)
5- Cine Baronesa( Guinga)
6- Vibrações (Jacob Bandolim)
7- Sons de carrilhões ( João Pernambuco)
8-Modinha (tom Jobim)
9- Café 1930 (A. Piazzolla)
10-Doce de Côco (Jacob Bamdolim)
11-Sampa (Caetano Veloso)
12- Joana Francesa( Chico Buarque)
13- A Rita (Chico Buarque)
14- Dimenor (Guinga)
15 Nightclub (A. Piazzolla)
   
                                           

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Mostra Alexander Kluge:Artistas da cúpula do circo perplexos



Data da visita: 27 de setembro  de 2011
Local: Cine Humberto Mauro- Palácio das artes- Av.Afonso Pena  nº:1537- Centro- Belo Horizonte

           Introdução    
A mostra de Alexander Kluge que estava sendo exibida no Cine Humberto Mauro do dia 23 a 28 de setembro, colocou em cartaz vários filmes deste cineasta alemão. Natural de Halberstadt, na Alemanha, Alexander Kluge é uma importante figura no cenário cultural alemão. Considerado um dos grandes pensadores e críticos sociais da atualidade, o cineasta, escritor. Com muitos de seus filmes, Alexander ganhou vários prêmios, dentre eles está o longa: “A cúpula do circo: perplexos.”
            A Cúpula do Circo: perplexos, acontece em pleno comunismo de Hitler, e conta a história da dona do circo Leni Peickert (Hannelore Hoger) que como seu pai quer levar o desempenho artístico do circo a seu ponto máximo, mas ao mesmo tempo, seu ideal é a naturalidade. Ela quer mudar o circo, mas um de seus maiores impedimentos é a falta de recursos financeiros, e de estímulo de pessoas influentes no ramo cultural. As inovações feitas por ela levaram o circo à falência antes mesmo do primeiro espetáculo.

Comentário
            O filme trás características claras da época que foi filmado, orçamento curto com poucos efeitos e uma ótima atuação de seus atores, dando um clima diferenciado com a narração em todo filme, descrevendo os personagens e as cenas de ação. As condições financeiras demonstradas no filme retratam a dificuldade vivida na época pela separação do mundo entre o capitalismo e o comunismo, mostrando como a falta de investimentos pode mudar uma sociedade. Através dos diálogos o filme apresenta críticas ao comunismo principalmente, exaltando suas diferenças com o capitalismo.





segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Museu Histórico Abílio Barreto- MHAB




Data da visita: 2 de setembro
Local: Museu  Histórico Abílio Barreto (MHAB)
 Av. Prudente de Morais, 202 - Cidade Jardim- Belo Horizonte/Minas Gerais


O Museu Histórico Abílio Barreto, possui esse nome em homenagem ao seu idealizador e primeiro diretor, o jornalista e escritor Abílio Barreto. Desde o início, em 1935, ele começou a recolher documentos para um futuro museu da história da cidade.
Muitos anos se passaram, e hoje o MHAB abriga um acervo imenso de objetos e artefatos que ajudam a conservar a história de Belo Horizonte. Por ser um museu interativo, essa conservação da memória da cidade se expressa desde o projeto arquitetônico e paisagístico até os próprios elementos expostos.

Comentário

            Logo na entrada, a sede do museu nos da idéia de modernidade algo ligado as novas tendências arquitetônicas, mas quando avistamos o casarão (Casa da antiga Fazenda Leitão)é como se voltássemos ao passado. E a viagem continua quando entramos no casarão onde há a exposição “Paisagem em Mutação: a invenção de Belo Horizonte”, que conserva objetos da época da fundação da cidade. Essa percepção do passado desencadeia uma reflexão: A história da  cidade, ainda não parou de ser construída, no futuro poderá estar exposto no museu o que estamos vivendo agora, ou seja, somos produtores da cultura e da história de Belo Horizonte.

Vista lateral do casarão


sábado, 27 de agosto de 2011

Quartas culturais- Túlio Araújo e Projeto dobradura









Data da visitação: 24 de agosto
Local da visita: Conservatório UFMG
Av. Afonso Pena,  nº:1534, Centro

Em meio a correria do centro de Belo Horizonte ( pessoas andando apresadas, carros buzinando, lojas, camelôs) eis que se ouve um pandeiro , acompanhado de guitarra, baixo, saxofone e trombone.
O som que se ouve, vem do Conservatório  da UFMG que abre suas portas para quem quiser  apresiar boa música. Nesta quarta, Túlio Araújo e o Projeto dobradura, apresentram seu repertório.

Comentário

            A ideia do projeto, é mostrar como o pandeiro pode ser a única  percursão tocado em uma música, no caso Jazz. Mas, essa mistura não seria possível se toda a banda não tivesse coordenado brilhantemente a junção dos cinco instrumentos. Em nenhuma música sentiu-se a falta da bateria, que no caso do jazz é um elemento marcante. Sem nenhuma dúvida, esse evento renovou as energias de quem  passou pelo centro, e assistiu pelo menos um pouco da apresentação.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Vivaldi e Piazzola- Orquestra de Câmera Sesiminas

Regente Marco Antônio Drumond














Data do evento: 19 de julho
Local: Museu de Arte da Pampulha
Av. Otacílio Negrão de Lima nº:16.585- Pampulha

      A série de concertos "Dialógos Musicais" levou ao palco do MAP a Orquestra de Câmara Sesiminas. Foram apresentadas  obras de Piazzola e Vivaldi, as quais, nos traziam as quatro estações como tema chave: Primavera, Verão, Outono e Inverno. A intenção era unir duas gerações diferentes de compositores, e assim consagrar um encontro histórico entre eles através de suas composições.

Comentário

    Cada compositor  com sua peculiaridade  encantava os espectadores que ouviam e “sentiam” a música com atenção. Em Primavera e Verão, tivemos Allegretos que remetem um clima mais “alto astral”, como normalmente são estas estações. Já o Outono e o Inverno nos traziam algo mais melancólico ou certa solidão que era traduzida de forma sutil no estilo Largo. Todas estas, muito bem executadas pela Orquestra de Câmaras Sesiminas. Não podemos deixar de citar Marco Antônio Drumond que regeu não só a orquestra como também o público, quando fazia suas explicções relacionadas as músicas apresentadas.Indicamos o evento a todos que procuram na música uma fonte riquíssima de contemplação.